Tempo atrás, encontramos um hippie. Eu nunca tinha visto um. Meu amigo se interessou mais, e assisti a conversa, que demorou. Falaram de artesanato, música, arte, política, variedades. Chato. Impaciente, alternando o pé de apoio, e já com as despedidas, fui andando. Quando voltei-me, assisti ainda o companheiro a indagar um "e onde você mora?". O hippie, prosaicamente, respondeu:
– Eu não moro.
29.5.10
26.5.10
Crises
Um dia – quando devia dar uma aula de verbos no pretérito imperfeito do subjuntivo –, me veio a ideia marota, quase indecente, de, por pura farra, falar de sociedade dividida em classes, mercadoria e trabalho alienado. E, dada a inesperada recepção da sala, talvez desconfiada de tão estranha gramática, logo me vi falando em valor de uso, valor de troca, força de trabalho e, principalmente:
Foi então que, sem mais nada, uma pobre garota de 11 anos levantou sua mão tímida e, com um franzir de testa, questionou:
– Mas, professor, não chega uma hora que falta dinheiro não?
Donde se conclui que, talvez, as crianças sejam os únicos seres ainda capazes de entender o que é o capitalismo.
D - M - D' - M - D'' - M - D'''
Foi então que, sem mais nada, uma pobre garota de 11 anos levantou sua mão tímida e, com um franzir de testa, questionou:
– Mas, professor, não chega uma hora que falta dinheiro não?
Donde se conclui que, talvez, as crianças sejam os únicos seres ainda capazes de entender o que é o capitalismo.
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