E vago num mundo estranho,
De movimento e som, e cores novas e gosto alegre.
Mas estou triste:
alma sem corpo,
vontade nua,
jangada sem remo,
levado pelo rio caudaloso do medo, angústia, raiva e dor.
Às vezes paro e escuto arrepiado o trovoar da cachoeira,
aonde vou,
pequeno,
e só.
De repente, atravesso o espelho d'água da vida
e acordo em sobressalto:
ônibus e caminhões escoam da janela
- o contínuo curso do rio de aço.
E olho minhas mãos
- estranhas garras nuas -
que abro e fecho e giro e torço.
Meu Deus...
Para que servem?
1 comment:
Puxa, ainda bem que se chama sonho. Que pesadelo, bateu uma angústia de ferrugem aqui!
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