Nenhum político, mesmo os que privatizaram ou pretendem privatizar, recebe de bom grado a fama de privatizador. Mas, nos anos 1990, o que hoje é estigma era então condição inexorável para ser aceito na modernidade. O discurso tucano, hoje omisso quanto ao passado, possuía a arrogância dos donos da verdade. Mas está tudo registrado.
RIBEIRO JR., Amaury. A privataria tucana. São Paulo: geração editorial, 2011, p.36 (Col. história agora; vol. 5)
O grifo é meu. Embora as privatizações tenham varrido a América Latina, o Brasil entrou na modernidade - e entrou bem. Sem prejuízo das falcatruas e roubos ao patrimônio público - nas quais, conforme o livro, José Serra foi ilustre co-participante -, as privatizações escondem talvez alguma coisa positiva, no caso do Brasil, e extremamente negativa, no caso de Argentina e outros países. Que entraram mal nesse início de século.
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