19.12.08

Se isto fosse um diário não seria diário. Paciência. Há dias que não merecem ser escritos. Mas estes, que a partir de agora viverei, sim! São as férias. Doces, chegando serenas, prometendo dias de ócio, de festas, de sol, de cervejas, amigos e felicidade. Tomar umas biritas, pegar umas minas, ir para o meio do nada, lutar contra elementos naturais, embriagar-se com cheiro de árvores, brigar com insetos, arriscar a vida ao mar, fatigar o corpo e libertar a alma. Sentir falta de dias eneblinados, cimento, automóveis, eletricidade... E, depois, voltar pra cidade, pras pilhas de papel, pras nuvens de fumaça, e achar tudo isso nossa casa. Nossa rotina, nossa prisão. Em cujas paredes criamos imagens de liberdade.

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