18.4.12

Uma tarde

06 de março. 18h. Uma tarde lendo e-mails, respondendo palavras. Sem cigarros. Meu deus, que faço da vida. Essa vontade de fumar. E ler... Viciado? Não, não posso sair agora, é preciso pelo menos concluir uma leitura. Nada que se compare a um leitor de orellhas, mas vou me tornando esse desgraçado leitor de primeiros capítulos. Que, no fim, só escreve relatórios... Crise de abstinência... Ou a bunda amassada? De mais a mais, a cabeça cheia do vazio dos cálculos. A boca sêca, o pulmão pede fumaça, um carpe diem rebrilhante como nome de puteiro luz na mente. É tempo de embriagar-se? 30 anos jogados no lixo. Nem um título, nem um livro, nada. Nenhuma resposta ao que a humanidade deu, ou vendeu. Mesmo a mim, que será do título, do livro, sem mercado de trabalho, feiras, viagens... Não será a ausência de resposta o equivalente da nossa miséria? Não. A pobreza, a virtude, o vício deve ser só meu, como tudo. Ah, se eu soubesse o que fazer...

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