9.11.09

Quando ela desceu, esperou que abrisse o portão e entrasse. Com a violência de hoje, nunca é demais esperar que as pessoas estejam em segurança, para então lhes dizermos tchau e ir andando. Inda mais quando também a pessoa é amada, ou com quem a gente faz sexo. Inda mais quando em frente à casa dela tem uma pracinha onde fica um monte de maconheiros do caralho. E ia indo a vida. Mas aconteceu. Mal ela tocava a maçaneta, mal ele seguia andando pelas ruas, apareceu. Um cara vinha correndo, uma faca na mão, um baseado na boca. Na hora que ele cismou de reagir, o cara foi logo dizendo, se você deixar cortar um pedaço desse queijo aí, eu deixo você dar um peguinha no baseado. Beleza, e todo mundo ficou fumando, bebendo vinho e comendo queijo, sob a luz da lua, num céu absurdamente limpo, sem nuvens nem fumaça, na praça.

1 comment:

Leco Vilela said...

ohaohaohoahoh ri muito!