29.5.07

a vida... a vida anda em transportes coletivos

Sim, lá é que há vida.

Mas hoje, enquanto vinha para casa, senti uma sensação esquisita, bem menos engraçada que as habituais. Fui observando as coisas e, sim, eu vi.

Após a jornada de trabalho, o torpor causado pelo stress, as dores criadas pelos cérebros em intensa atividade, as fadigas coletivas nos transportes coletivos, o cochilo roubado ao desconforto, os solavancos imperdoáveis, a garoa pintando de cinza a janela, a janela abrindo às trepidações, a opressão do metal frio às frias mãos, o rosto sonolento em multidão, cinza, frio, opressão – pequenos indícios que nos fazem perguntar: não será tudo um sonho ruim, somente?

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